por Stelzimar Magesck Serra
Para ser um escritor ou poeta, deve-se escrever como autores renomados? Deve-se falar de quê? Amor, dor, política, meio ambiente, comportamento e questões humanas? Deve-se escrever de forma fácil, simples, usar de linguagem coloquial e ser entendido por todos, como o modernista Carlos Drummond de Andrade e o marginal Chacal? Ou de forma difícil, com linguagem erudita, rebuscada, e não tão fácil de entender como João Cabral de Melo Neto? Deve-se escrever de uma forma que a leitura seja acessível e democrática ou de maneira que o texto seja algo tão erudito que se distancie da maioria dos leitores, formando-se uma elite de entendidos? Deve-se escrever obrigatoriamente com métrica, rimas e em formatos convencionais como o soneto, aldravia, Hi-kai e poetrix? Ou totalmente livre, sem a obrigatoriedade de cumprir métricas e rimas e não ter o seu texto enquadrado em um dos padrões de classificação acadêmica? Deve-se falar de algo inédito ou somente se preocupar em ser autêntico?
Livre é a palavra. A poesia e a escrita devem ser o espaço da liberdade criativa: os modernistas e os marginais nos libertaram das regras e fôrmas! Se na prosa há obrigatoriedade de cumprir determinadas exigências (mas nem sempre, pois a literatura é arte que caminha com a criatividade), num texto poético, você desfruta de mais liberdade para escrever o quê, como e do jeito que quiser. Na poesia o escritor pode ser livre e tudo faz sentido! O que não é valorizado em outros gêneros, pode ser na poesia, como repetições intencionais de palavras e subtextos trazidos pelas figuras de linguagens, elementos essenciais num texto poético!
Como disse Chacal, quem gosta de classificar e definir o que se escreve é a academia. Escritor gosta é de escrever, brincar com as palavras, fazer delas a matéria prima de seu artesanato, materializar as suas ideias, sentimentos e criações mentais em textos. E nem sempre, o mais importante é o resultado, mas sim o processo. Muitas vezes, só o percebemos depois de pronto. E enquanto vamos colocando as palavras no papel, novas ideias vão surgindo, e num quase-perfeito fluxo de inconsciência - ou consciência -, o texto vai ganhando corpo, forma e movimento.
O mais importante de tudo é, escrever, escrever e escrever! Mesmo que erre, mesmo que não esteja de acordo com as normas, mesmo que fale alguma besteira, escreva, esse é o processo pedagógico! Pode ser que inicialmente, você faça poesias ou textos pequenos e simples, cometa erros, e à medida que escreve e erra, faz novamente, erra novamente, evolui, acerta, faz grandes textos e poesias, até o dia em que a sua escrita fique cada vez mais impactante, potente e você escreva além de poesias, prosas poéticas, poesias narrativas, composições musicais, se aventure também por outros gêneros literários e bons livros! Escreva, experimente, brinque com as palavras, brinque de escrever de um jeito e de outro. Mas escreva! E claro, não se abale por alguma crítica ou alguém que desvalorizou o que você escreveu, porque esse texto que foi criticado ou desvalorizado foi importante para que um dia você se torne um grande escritor. Liberte a sua criança, invente, cultive seu eu escritor. Escreva!
Sou o Téo, há alguns anos, tenho me aventurado no mundo da escrita e neste ano de 2025, decidi dar mais passos no sentido de aprender mais, me profissionalizar e me divulgar. Como sou iniciante, por enquanto, tenho apenas um livro publicado sobre Primeiros Socorros em formato e-book, pois sou Bombeiro Miitar. Estou me planejando para no futuro, publicar livros infantis, de poesias, crônicas e outros, além de publicação de partes dos textos em minhas redes sociais. Participa do Curso Online de Formação de Escritores.
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